3.10.08

Infância

Hoje não sai da minha cabeça a musiquinha de um disco de história infantil que foi produzido pelas Lojas Pernambucanas, nos anos 80, em alguma promoção. A hisória narrada era "A primeira roupinha", talvez a precursora de uma das propagandas mais conhecidas da rede "não adianta bater, eu não deixo você entrar...".

Eu tenho poucas lembranças nítidas da infância e a gente nunca sabe porque algumas coisas marcam tanto a gente. Já busquei pela internet e não encontrei referências a essa história e a essa musiquinha, que faz parte dela, cantada para apresentar um dos principais personagens: o Sapo Papudo. A musiquinha era assim:

"Eu sou o Sapo Papudo

E pulo pra frente e pra trás

Papudo virou o meu nome

Porque dizem que falo demais"

Tinha que cantá-la hoje!!! hahaha

Quem sabe um dia alguém mais se lembra dela, faz uma busca na internet e vai encontrar aqui... mais alguém que guarda essa lembrança!

2.10.08

Universo paralelo

Por necessidade, eu postei um texto que seria para este blog - por conta do tema - no meu outro blog. A quem se interessar, ele pode ser acessado em: http://umacaminhada.blogspot.com/2008/04/farenheit-451.html
Falo sobre o livro e o filme Farenheit 451.

9.4.08

Nos cinemas

As Crônicas de Spiderwick estrearam nos cinemas brasileiros. É um filme que traz a sempre convincente e comovente atuação de Freddie Highmore, menino prodígio de "Em busca da Terra do Nunca...". Nesse longa, baseado na série homônima de Tony DiTerlizzi e Holly Black, Highmore interpreta dois irmãos gêmeos, Jared e Simon, que se mudam com a mãe e a irmã para uma casa no interior herdada de seu tio-avô Arthur Spiderwick.

Quando Jared, o irmão problemático e voluntarioso, encontra o livro de descobertas científicas de Spiderwick, um mundo novo e fantástico (oba!) se descortina ante os olhos de um a um da família. É a hora de Jared mostrar seu valor, frente ao descrédito da família, e salvar o mundo da tirania prometida por um ser encantado das trevas.

Eu realmente tive comichões em diversas andanças por livrarias para comprar a série de Spiderwick. Confesso a chatice que me perturba: sempre achei que era defeito e no mínimo estranha a encadernação dos livros, com as bordas das páginas rústicas e desalinhadas... E nunca comprei. Resisti bravamente a essas tentações. Depois de ver o filme, confesso que fiquei tentada a devorar a série de DiTerlizzi e Black.

Fiquei intrigada pois tenho certeza que os livros devem trazer mais profundidade para a história e para os personagens. A mensagem é bonita e a parte fantástica da história é uma idéia que povoa há muito o imaginário do Homem. É parecido com a concepção, por exemplo, do mundo de Artemis Fowl, criado pelo irlandês Eoin Colfer: o de um mundo oculto propositalmente por seres que convivem conosco, mas sabem que não é seguro aparecerem para nós, afinal, temos propensão a destruir o que não conhecemos (a velha idéia do Estranho: Ave Asimov! :)). O filme prende muito a atenção, a ação é contínua e convidativa. A sessão no cinema fica ainda mais divertida quando está pipocada de crianças, com suas gargalhadas nas horas apropriadas. Gostei bastante, mas senti que faltou alguma coisa, talvez intensidade, pois apesar do bom ritmo da ação, o filme ficou muito próximo de ser apenas uma fantasia para crianças. E, tenho a impressão, a história tem potencial para mais que isso. É isso que gostaria de constatar nos livros...

O filme tem a direção de Mark Waters, que antes disso dirigiu a comédia romântica 'E se fosse verdade (Just Like Heaven)' e a comédia má adolescente 'Meninas Malvadas (Mean Girls)', bons filmes, na minha opinião e bem diferentes entre si.

Ficha técnica:
Gênero: Aventura
Tempo: 96 min.
Lançamento: 21 de Mar, 2008
Classificação: 10 anos
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil

8.4.08

Pan de novo

Voltei a assistir 'Em busca da Terra do Nunca', de Marc Forster. Eu preciso dizer que fiquei impressionada. Para mim, um filme assim ter recebido apenas o Oscar de melhor trilha sonora é um pecado. Pois, na minha visão, ele é impecável... Das atuações maravilhosas à fotografia. Da direção sensível a um roteiro que inquestionavelmente. trouxe muito da própria linguagem de J.M.Barrie para o filme. Assim como a obra original, o filme tem uma aura de tristeza, o sofrimento da perda explícito e implícito, que pode ser suportada pela mágica da fantasia. E trata-se aqui da fantasia que é o ouro puro resultante da imaginação, da não-disfarçada analogia à criança que não quer crescer, porque as crianças permitem-se sonhar livremente sem amarras ao "possível". E os adultos esquecem que as crianças sofrem. E esquecem que era muito mais fácil superar a dor quando acreditávamos em fadas. Porque quem acredita em fadas pode acreditar em qualquer coisa e pode fazer tudo quando acredita... O filme é arte pura, beleza e sutileza. É um daqueles para guardar em posição de destaque na prateleira, pois no coração, não tem jeito, já ficou.