8.4.08

Pan de novo

Voltei a assistir 'Em busca da Terra do Nunca', de Marc Forster. Eu preciso dizer que fiquei impressionada. Para mim, um filme assim ter recebido apenas o Oscar de melhor trilha sonora é um pecado. Pois, na minha visão, ele é impecável... Das atuações maravilhosas à fotografia. Da direção sensível a um roteiro que inquestionavelmente. trouxe muito da própria linguagem de J.M.Barrie para o filme. Assim como a obra original, o filme tem uma aura de tristeza, o sofrimento da perda explícito e implícito, que pode ser suportada pela mágica da fantasia. E trata-se aqui da fantasia que é o ouro puro resultante da imaginação, da não-disfarçada analogia à criança que não quer crescer, porque as crianças permitem-se sonhar livremente sem amarras ao "possível". E os adultos esquecem que as crianças sofrem. E esquecem que era muito mais fácil superar a dor quando acreditávamos em fadas. Porque quem acredita em fadas pode acreditar em qualquer coisa e pode fazer tudo quando acredita... O filme é arte pura, beleza e sutileza. É um daqueles para guardar em posição de destaque na prateleira, pois no coração, não tem jeito, já ficou.

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